Dicas pedagógicas


O inicio das aulas sempre traz, principalmente aos pais, a preocupação com o interesse dos seus filhos pré-adolescentes e adolescentes pelas atividades escolares. Na verdade, há um desinteresse generalizado nesta fase, pois tudo o que se refere à organização, respeito, assiduidade, compromisso, são na maioria das vezes, o ponto fraco na puberdade e adolescência. Essa é a grande e quase que única reclamação dos pais nos consultórios, hoje em dia. Quando este desinteresse chega a extremos e o mesmo é uma recíproca dos pais, a criança pode entrar num estado de depressão, isolamento e conseqüente fuga para dependência química, em alguns casos mais sérios. Levando ao que chamamos de um estreitamento de campo vivencial.
Diagnósticos de hiperatividade realizados imaturamente, por profissionais não habilitados, pode revelar uma incapacidade de escola em lidar com os processos e métodos de aprendizagem, assim como encobrir uma incompetência pedagógica. Concomitantemente, os pais esperam ver o filho adequado ao meio social e suas exigências, descartando por vezes suas necessidades afetivas e emocionais, assim como a preservação dos limites a serem respeitados pelos filhos. Acredito que, o grande erro dos pais esteja na expectativa e na ausência de limites que impõem. A compensação vem como a grande vilã desta relação tão delicada entre pais e filhos. “A atenção que não posso dar, compenso com infinitos sim”. Dizer sim é muito fácil, dizer não é difícil, pois há que ter sustentação e acompanhamento, ou seja, educação.

Os pais têm que estar muito atentos à saúde física e emocional de seus filhos, dizer não, às vezes, faz parte deste processo. Ouvir e observar, sem projetar suas carências pessoais, pode ajudar e muito nesta relação tão especial. Essas são dicas essenciais!